Unicef pede acesso sem restrições em Mianmar
Agência explica que crianças formam 58% dos refugiados rohingya que escaparam da violência no país; para que as famílias possam retornar para a casa, a segurança precisa melhorar e o acesso humanitário deve ser total.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, para que as crianças rohingya possam voltar a Mianmar, é essencial que a segurança melhore e que o acesso humanitário ao país seja irrestrito.
As crianças formam 58% dos refugiados rohingya que fugiram da violência em Mianmar e agora estão em Bangladesh. O vice-diretor-executivo do Unicef, Justin Forsyth, explica que muitos desses menores estão traumatizados pela experiência.
Repatriamento
Ele visitou um campo de refugiados no sul de Bangladesh, onde destacou a importância de proteger esses civis e garantir que o retorno para Mianmar seja voluntário e seguro.
O acampamento de Kutupalong abriga a maioria dos 688 mil rohingyas que saíram de Mianmar devido à violência que surgiu no estado de Rakhine em agosto do ano passado.
Forsyth recebeu relatos de tiroteios em vilarejos na fronteira entre Mianmar e Bangladesh e por isso, até que a segurança possa ser garantida, ele explica que falar em repatriamento é algo prematuro.
O Unicef trabalha com as autoridades de Bangladesh para garantir saneamento aos refugiados e também realiza testes para checar se as crianças estão desnutridas.
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