Novo centro de dados humanitários vai gerar intercâmbio global em tempo real
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
As Nações Unidas abriram esta sexta-feira um Centro de Dados Humanitários que deve melhorar o intercâmbio de dados em tempo real e seu uso para responder melhor às crises mundiais.
Na inauguração do local em Haia, na Holanda, o secretário-geral António Guterres, disse tratar-se de sinal para o futuro.
Decisões
Para o chefe da ONU, o local vai ajudar os funcionários do setor na tomada de “decisões informadas e responsáveis” para atender as necessidades mais urgentes das pessoas”.
Especialistas em dados e funcionários humanitários devem atuar juntos para processar e visualizar as informações para que rapidamente tenham “uma visão das necessidades das pessoas afetadas e da resposta de parceiros humanitários”.
Habilidades
Estes deverão desenvolver e promover políticas de dados para garantir a proteção de informação confidencial e oferecer capacitação em habilidades de uso de dados.
A iniciativa do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, e do Governo da Holanda deve acelerar o fluxo de dados recolhidos para o seu uso. A ideia é que mais entidades de auxílio tenham acesso ao tipo de informação.
Guterres disse ainda que o centro mostra que as tecnologias revolucionam todos os aspectos da vida e podem ser aproveitadas para ajudar e apoiar pessoas vulneráveis no mundo.
Desenvolvimento
Como parte da iniciativa, o Ocha dispõe de uma ferramenta para o acesso, partilha e uso por parte de centenas de organizações e dezenas de emergências humanitárias como o Iémen, a Somália e a crise de refugiados rohingya.
Para a ministra holandesa do Comércio Externo e do Desenvolvimento, Sigrid Kaag, a ideia é que a inovação mude e melhore a ajuda às pessoas mais afetadas por conflitos ou desastres naturais.
Kaag destacou que a partilha de dados institucionais aliados à adoção de padrões e a integração técnica permitem um fluxo rápido de informação essencial em todos os sistemas parceiros e garantam um sistema de ajuda mais eficaz.
Notícias relacionadas:
Conselheiro especial espera consensos em Astana para envio de ajuda aos sírios
Explosivos e minas terrestres são ameaças a 220 mil crianças na Ucrânia