Iraque: execução em massa de 38 prisioneiros preocupa ONU
Escritório de Direitos Humanos revelou que grupo foi morto na cidade iraquiana de Nassiriya; apelo a Bagdá é que interrompa todas as execuções e defina moratória sobre o uso da pena de morte.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU revelou esta sexta-feira que está “profundamente chocado e horrorizado” com a execução em massa de 38 prisioneiros em uma prisão na cidade de Nassiriya, no sul do Iraque.
Em nota, o porta-voz do Escritório disse que as execuções “geram, mais uma vez, grandes preocupações sobre o uso da pena de morte no país”. Os prisioneiros foram condenados por terrorismo.
Direito
Segundo a ONU, “devido a falhas no sistema de justiça iraquiano, parece extremamente duvidoso que tenha havido rigor nos procedimentos e garantias de julgamento justo” dos casos.
Para o Escritório de Direitos Humanos, há possibilidades de erros irreversíveis de justiça e violações do direito à vida.
Este ano, pelo menos 106 pessoas foram executadas no país árabe. O apelo às autoridades iraquianas é que interrompam todas as execuções, estabeleçam uma moratória imediata sobre o uso da pena de morte e realizem uma revisão urgente e abrangente do sistema de justiça penal.
Bombardeamento
Em nota separada, o Escritório revelou grande preocupação com a situação na cidade de Tuz Khurmatu na província de Salah al-Din em 9 e 12 de dezembro. Várias áreas residenciais foram bombardeadas com vítimas que incluem civis.
Segundo a ONU, não está claro quem foi o responsável. As forças iraquianas tentam descobrir os locais de origem dos bombardeios e a identidade dos responsáveis.
As tensões aumentaram após o referendo de independência sobre a região do Curdistão do Iraque e em áreas disputadas, que incluem Tuz Khurmatu.
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