Mais de 350 mil menores precisam de ajuda após furacões Irma e Maria
Tempestades de categoria 5 passaram há três meses por várias ilhas caribenhas; mais de 35% das crianças ainda estão fora da escola em Dominica; Unicef quer recuperação a longo prazo em seis territórios afetados.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Três meses após a passagem dos piores furacões da época recente pelas ilhas caribenhas, mais de 350 mil crianças precisam de assistência humanitária.
A informação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, que revelou que muitas das famílias mais vulneráveis ainda sentem os efeitos das duas tempestades de categoria 5.
Abrigos
Um dos maiores exemplos é Dominica, onde mais de 35% das crianças ainda não foram matriculadas na escola. Em Antígua e Barbuda, muitas crianças e suas famílias continuam em abrigos sem poder voltar para casa.
As operações da agência estendem-se a outras áreas como Anguila, Ilhas Virgens Britânicas, Cuba e Haiti que foram assoladas pelo furacão Irma, o mais poderoso no Oceano Atlântico. Já o furacão Maria causou danos adicionais na região.
Recuperação
A diretora regional do Unicef para a América Latina e o Caribe disse que a agência presta auxílio aos necessitados em parceria com governos e ONGs parceiras.
María Cristina Perceval contou que a ação humanitária não é apenas imediata, mas também para garantir uma recuperação a longo prazo das populações afetadas.
O apoio do Unicef começou a ser dado quando ainda era necessária uma resposta imediata e faltava acesso à água limpa, a abrigo e a serviços sociais básicos.
Notícias relacionadas:
Guterres: "Ainda não estamos ganhando a guerra contra a mudança climática"
Banco Mundial analisa o impacto de fenômenos sobre a América Latina e o Caribe