Guterres quer direitos humanos “traduzidos em atos concretos”
Manuel Matola, ONU News Nova Iorque
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exortou aos líderes mundiais a traduzirem palavras em atos concretos em relação ao respeito pelos direitos humanos por forma a “tornarem o mundo mais justo, seguro e melhor”.
Na mensagem do Dia dos Direitos Humanos, marcado este 10 de dezembro, Guterres disse que em todas as regiões do globo nota-se o aumento da hostilidade e que os princípios fundamentais da Declaração Universal que protegem a todos, estão a ser testados.
Liberdade
O chefe da ONU afirmou que, desde a entrada em vigor do documento que rege os direitos humanos no mundo, inúmeras pessoas ganharam maior liberdade e segurança.
A Declaração ajudou a prevenir violações, bem como a fortalecer leis e garantias nacionais e internacionais sobre direitos humanos.
Apesar destes avanços, Guterres alertou para o aumento da hostilidade em relação aos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, “por haver quem deseje lucrar com a exploração e a divisão no mundo”.
Intolerância
O chefe da ONU disse que o mundo observa “o ódio, a intolerância, atrocidades e outros crimes e que essas ações comprometem a todos”.
Guterres reconheceu, no entanto, “os valentes defensores e promotores dos direitos humanos, incluindo funcionários da ONU, que trabalham todos os dias, às vezes, correndo grave perigo para defender os direitos humanos em todo o mundo”.
Já o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos mostrou-se preocupado com crescente nível de nacionalismo. Zeid Al Hussein considerou que o aumento do nacionalismo antagónico e de outras formas discriminação, como o racismo e xenofobia, podem colocar em perigo os direitos humanos.
O dia 10 de dezembro é também marcado pela entrega do Prémio Nobel da Paz.
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