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África do Sul terá imposto sobre bebidas açucaradas para combater obesidade

África do Sul terá imposto sobre bebidas açucaradas para combater obesidade

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Medida coloca país na vanguarda de um movimento global para enfrentar o grande risco do aumento de casos de doenças crônicas no país e no mundo.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, saudou o Parlamento da África do Sul por aprovar a lei da cobrança de um imposto sobre bebidas açucaradas  a partir de  2018.

Em nota,  o representante da agência no país disse que a medida é corajosa e poderosa para a promoção da saúde dos cidadãos e redução das doenças crónicas relacionadas à dieta.

Lucros

A diabetes está entre as enfermidades a prevenir um imposto sobre bebidas açucaradas.

O representante da OMS na África do Sul, Rufaro Chatora, disse que os legisladores devem ser elogiados pela firmeza diante da imensa pressão da indústria, bem como da perspetiva e determinação de colocar a saúde dos cidadãos acima dos lucros das empresas.

O representante declara que o Parlamento sul-africano mostrou que existem medidas viáveis para vencer as doenças crónicas e lidera o processo a ser seguido por outros países africanos e do mundo.

Saúde

A agência considera que cobrar o imposto sobre bebidas açucaradas preparam o caminho para a África do Sul se juntar ao crescente movimento global de países com políticas fiscais para reduzir o consumo de produtos prejudiciais à saúde.

O outro benefício é aumentar os rendimentos necessários para serviços sociais, como cobertura de saúde universal.

Com a decisão, a Árica do Sul junta-se a mais de 30 países que introduziram um imposto sobre bebidas açucaradas. Entre eles estão o Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos.

A agência disse que países que esperam implementar tal política fiscal incluem as Filipinas, Antígua, Nepal e Seychelles.

A recomendação da OMS é que os governos introduzam uma tributação efetiva sobre as bebidas açucaradas para ajudar a reduzir o consumo excessivo de açúcar.

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Mercado de rua na Cidade do Cabo, África do Sul. Foto: Banco Mundial