Alerta foi feito pela FAO em comunicado simultâneo em Acra, Abidjan e Roma; impacto do conflito e da mudança climática são destacados pela agência; simpósio sobre o tema em Abidjan termina nesta sexta-feira

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*

As condições climatéricas adversas e uma economia global lenta, além de conflitos, são fatores que estão a aumentar a insegurança alimentar em África.

O alerta foi feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, durante o lançamento de um relatório esta quinta-feira.

Soluções

A agência da ONU divulgou o comunicado em três cidades: Acra, Abidjan e Roma para chamar a atenção para o aumento no número de pessoas sofrendo de subnutrição na África Subsaariana.

Especialistas da FAO afirmam que existe uma necessidade urgente de construir resiliência nas comunidades afetadas pelas mudanças climatéricas. Outra urgência são soluções pacíficas que possam ajudar a fortalecer a segurança alimentar.

A prevalência de subnutrição cresceu de 20,8 % para 22,7% entre 2015 e 2016, de acordo com o relatório Panorama Regional sobre Segurança Alimentar e Nutrição.

Resiliência

O número de pessoas nessas condições cresceu de 200 milhões para 224 milhões. O que representa 25% do número total de pessoas que passam fome no mundo.

O informe deste ano fala sobre a relação entre segurança alimentar e conflito e como a resiliência pode ser construída para nutrição, paz e segurança alimentar.

O tema está a ser debatido no simpósio que termina nesta sexta-feira, em Abidjan, na Cote d’Ivoire.

A combinação de conflitos e condições climáticas especialmente as seguidas secas em África têm colocado em risco os avanços alcançados nos últimos anos. Muitas estiagens estão ligadas ao fenómeno El Niño, o que prejudicou as plantações e os rebanhos.

A maioria da população que está a enfrentar a insegurança alimentar vive em países afetados por conflitos.

*Apresentação: Denise Costa.