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República Centro-Africana tem 700 pessoas realocadas após buscarem refúgio

República Centro-Africana tem 700 pessoas realocadas após buscarem refúgio

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Grupo de deslocados internos procuraram proteção perto da base das Nações Unidas após ataques em Kaga Bandoro, em 12 de outubro de 2016; mais de 20 mil centro-africanos fugiram da violência para a área ao redor da Minusca.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que completou o a realocação de 698 centro-africanos que tiveram que fugir de suas casas por causa da violência no país.

Eles estavam desde outubro de 2016 perto da base da Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca.

Residentes

Em comunicado, a OIM relatou que após o ataque de membros da facção ex-Séléka, mais de 20 mil centro-africanos procuraram proteção ao redor da sede da Minusca.

O chefe da OIM Jean-François Aguilera contou que as medidas foram tomadas após uma série de consultas com os lares afetados pela violência.

As conversas foram realizadas com os residentes do acampamento em parceria com o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, e a Agência para Refugiados, Acnur.

Os combates entre as facções cristã anti-Balaka e a muçulmana, ex-Séléka começaram em 2013 forçando mais de 600 mil pessoas a fugirem de suas casas.

Conheça um boina-azul da ONU que atua na Minusca.

Além disso, a OIM também baseou-se na visita do coordenador humanitário da região de Kaga Bandoro, que recomendou que todos os deslocados internos fossem reassentados em áreas seguras perto da base.

Vaga

A primeira fase terminou em 25 de outubro com mais de 300 lares. No início deste mês, mais 67 foram reassentados.

A OIM conseguiu assistir 682 lares no transporte da mudança incluindo cabanas e outros pertences para áreas seguras.

Os deslocados também receberam itens não perecíveis e US$ 44 por família totalizando mais de US$ 30 mil em ajuda.

A República Centro-Africana está passando por uma nova vaga de violência, e de acordo com a OIM a situação de quatro anos atrás pode se repetir. O número tanto de refugiados como de deslocados internos aumentou nos últimos meses.

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Photo Credit
Foto: OIM/Sandra Black