Síria: OMS pede acesso imediato e irrestrito para salvar vidas em Ghouta
Segundo Organização Mundial da Saúde, OMS, até 400 mil pessoas continuam sitiadas e sem acesso à assistência vital no leste de Ghouta, zona rural de Damasco.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
Em meio à piora na situação humanitária e de segurança no leste de Ghouta, área sitiada na Síria, a Organização Mundial da Saúde, OMS, pediu a todos os lados do conflito que interrompam os ataques a civis, facilitem as evacuações por razões médicas e permitam a passagem segura de suprimentos de saúde.
Em nota divulgada neste domingo, a chefe das operações da OMS na Síria, Elizabeth Hoff, afirmou que a situação é de “cortar o coração”. Ela afirmou que as vidas de centenas de pessoas, incluindo muitas crianças, estão em risco.
Sem acesso
Segundo a OMS, há relatos de escassez grave de alimentos e de itens médicos no leste de Ghouta, zona rural da capital Damasco, onde até 400 mil pessoas continuam sitiadas e sem acesso à assistência vital.
Entre elas, mais de 240 precisam urgentemente de cuidados medicos avançados, incluindo 29 pacientes “prioritários”, a maioria crianças, em situação crítica e que precisam ser retirados imediatamente do local por questões de saúde.
De acordo com a agência da ONU, há planos para evacuações médicas de Ghouta para hospitais em Damasco e outros locais mas, até o momento, não houve aprovação formal para as medidas pelas autoridades nacionais responsáveis.
Além disso, também há relatos de escassez de água e de que os índices de desnutrição, especialmente em crianças, estejam subindo, deixando-as em risco de doenças infecciosas graves.
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