No Caribe, Guterres afirma que auxílio é de responsabilidade internacional
Secretário-geral fala de países “devastados dramaticamente”; chefe da ONU reitera que grupo de nações sofre efeitos de alterações climáticas sem terem contribuído para tal.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Durante a visita às ilhas caribenhas recentemente afetadas por furacões, o secretário-geral disse este sábado que a grande responsabilidade da comunidade internacional é “em primeiro lugar garantir que a ação climática seja acelerada.”
António Guterres declarou que é possível evitar a aceleração dramática das mudanças climáticas. Falando a jornalistas em Antígua, o chefe da ONU mencionou a população que foi forçada a fugir das suas áreas e economias de várias famílias que foram totalmente perdidas.
Mecanismos
Para Guterres também é preciso dar apoio humanitário e auxílio à reconstrução, além de se avaliarem mecanismos financeiros inovadores para os países como os que foram “devastados dramaticamente”.
O objetivo dessas medidas é que essas nações se recuperem e fiquem mais resilientes às tempestades porque, segundo lembrou, tendem a ser mais frequentes e mais intensas do que no passado.

O secretário-geral disse ainda que a ONU está totalmente empenhada em apoiar os governos e os povos de Barbuda, de Dominica e outros, mas lembrou que essas ações ainda não são suficientes.
Guterres quer uma completa mobilização de recursos internacionais para apoiar às pessoas com mecanismos financeiros inovadores “porque este país não conseguirá faze-lo fazê-lo sozinho, com o seu alto nível de dívida”.
Vidas
Ele explicou que como país de renda média, por enquanto só tem acesso a empréstimos comerciais. Portanto, “é necessário ter mecanismos inovadores de financiamento que apoiem a esses países para se restabelecerem e para que as pessoas possam reconstruir as suas vidas”.
Guterres terminou dizendo que prestar auxílio a estes países é uma obrigação da comunidade internacional, porque eles estão sofrendo os efeitos das mudanças climáticas, mas não contribuíram para isso".