Portugal quer África, Brasil e Índia no Conselho de Segurança
Primeiro-ministro António Costa discursou nesta quarta-feira na Assembleia Geral da ONU; líder português ressaltou ainda temas como proteção dos oceanos, direitos humanos, terrorismo e a língua portuguesa, entre outros.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, discursou nesta quarta-feira na Assembleia Geral da ONU e reafirmou o compromisso do país com a organização e o multilateralismo.
“As prioridades do secretário-geral são as nossas prioridades. Umas Nações Unidas mais fortes, solidárias, capazes de prevenir os conflitos, aliviar o sofrimento humano e promover a paz e a prosperidade”.
África e Brasil
António Costa expressou apoio às iniciativas do secretário-geral, António Guterres, para reforma da ONU e defendeu que a “reforma da arquitetura de paz e segurança é uma prioridade absoluta”.
“Os esforços em curso devem também dar um novo impulso à reforma do Conselho de Segurança para lhe assegurar uma representatividade acrescida correspondente ao mundo atual. O continente africano não pode deixar de ter uma presença permanente, e o Brasil e a Índia são dois exemplos incontornáveis de uma representação que urge necessária”.
Para o primeiro-ministro português “a consolidação de uma cultura de prevenção dos conflitos exige uma ação transversal e uma visão integrada dos três pilares do sistema das Nações Unidas: a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável”.
Ele defendeu uma “cooperação institucional mais estreita entre os órgãos da Carta, designadamente o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral”.
Língua portuguesa
António Costa destacou ainda a necessidade de parcerias devido à “complexidade dos problemas globais” enfrentados atualmente.
“Lembro, a esse propósito, a resolução da Assembleia Geral sobre a cooperação entre as Nações Unidas e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp, adotada há poucos dias e que visa precisamente fortalecer as complementaridades entre as duas organizações. Aproveito para sublinhar a importância da língua portuguesa, que se afirma hoje como um instrumento de comunicação, com dimensão global. Em meados desse século, o português deverá contar com 400 milhões de falantes, o que tem justificado a sua elevação à língua oficial em diversos organismos internacionais”.
Em seu discurso, o primeiro-ministro abordou ainda tópicos como terrorismo, operações de paz das Nações Unidas, refugiados, direitos humanos, Acordo de Paris e preservação dos oceanos.
Assista e ouça o discurso na íntegra do primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
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