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Chefe humanitário da ONU quer apoios financeiro e político para o Lago Chade

Chefe humanitário da ONU quer apoios financeiro e político para o Lago Chade

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Mark Lowcock  vê sessões da Assembleia Geral como oportunidade de contacto com líderes globais; subsecretário-geral avaliou a crise como “complexa” no fim da visita à região africana.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, terminou esta terça-feira a sua visita ao Lago Chade declarando que a região africana vai precisar de apoio internacional sustentado nos próximos anos.

Lowcock disse que com o início dos debates da Assembleia Geral na próxima semana em Nova Iorque, vai apelar aos líderes mundiais a manter seu apoio financeiro e político para o fim da crise da Bacia do Lago Chade.

Estabilidade

O outro pedido a ser feito pelo subsecretário-geral é que a comunidade internacional trabalhe com as autoridades nigerianas em prol da estabilidade no nordeste da Nigéria.

Para coordenador de Auxílio de Emergência considerou a situação precária apesar de se alcançarem 2 milhões de pessoas com assistência alimentar por mês. A ONU fornece apoio nutricional essencial a centenas de milhares de crianças.

Violações

Lowcock defendeu a segurança de civis do nordeste que foram vítimas da violência e do deslocamento forçado generalizado. Ele apontou que estes sofreram violações sistemáticas do direito internacional humanitário e dos direitos humanos.

Na visita à cidade nigeriana de Gwoza, libertada do grupo terrorista Boko Haram, Lowcock lembrou que mais de 20 mil pessoas foram mortas e milhares de mulheres sequestradas no conflito. A população da cidade triplicou com a chegada de 69 mil deslocados.

O também coordenador de Auxílio de Emergência elogiou o que chamou “avanços importantes” do governo e de agências humanitárias para aliviar  a situação de milhões de pessoas no nordeste da Nigéria mas considerou complexa a crise da bacia do Lago Chade.

Photo Credit
Deslocadas internas em um dos campos em Maiduguri, no estado de Borno. Foto: Ocha/Jaspreet Kindra