Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos informou que o mês de agosto registrou uma queda no número de civis mortos e feridos no conflito do leste da Ucrânia.

Em comunicado, o Alto Comissariado indicou que o cessar-fogo que começou no fim de junho pode ter levado à redução do número de casos.

Combates

Especialistas afirmam, no entanto, que as tensões e perigos continuam para os moradores da chamada linha de contato.

Os dados foram compilados de 16 de maio a 15 de agosto pela Missão de Monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia. O grupo documentou 26 mortes relacionadas ao conflito. Houve 135 casos de pessoas feridas.

Pelo menos, 2803 civis foram mortos e até 9 mil ficaram feridos desde o início dos combates.

Para o Alto Comissariado de Direitos Humanos deve haver um mecanismo de indenização e reparos às vítimas especialmente àquelas feridas e às famílias que perderam parentes nos combates.

Propriedades

Um outro aspecto preocupante é a perda de propriedades durante o conflito.

As Nações Unidas pediram a todas as partes que adotem o cessar-fogo. Escolas, bairros, hospitais e estações de água e energia elétrica foram bombardeados.

O Alto Comissariado também alertou sobre detenções ilegais, assassinatos e desaparecimentos forçados na área de conflito. Há relatos ainda de violência sexual, maus tratos e tortura.

Mais de 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na Ucrânia desde o começo dos confrontos há quatro anos.

Durante uma visita a Kiev, capital do país, em junho, o secretário-geral, António Guterres, pediu a todas as partes envolvidas no conflito que respeitem o cessar-fogo.