Na Etiópia, chefes de agências da ONU avaliam apoio à crise alimentar
FAO, Fida e PMA enviam seus representantes por três dias ao país africano; meta é reforçar apoio a mais de 8,5 milhões de pessoas que precisam de assistência.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Três agências das Nações Unidas ligadas a ações alimentares visitam a Etiópia a partir desta sexta-feira para destacar a situação crítica de insegurança alimentar e nutricional que o país enfrenta.
Trata-se do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, do presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Fida, e do diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentação, PMA.
Subsistência
No país africano, José Graziano da Silva, Gilbert Houngbo e David Beasley querem viver de perto a dimensão da crise.
Segundo as Nações Unidas, a seca na região etíope da Somália causou a morte do gado e a rutura nos meios de subsistência afetando a vida e a nutrição nas comunidades de pastores.
Os choques climáticos resultaram em secas consecutivas, que causaram o aumento para níveis alarmantes da fome e das taxas de desnutrição.
Desenvolvimento
A comitiva pretende discutir como reforçar o apoio ao Governo da Etiópia e os sistemas locais para que “o país cumpra os seus objetivos de desenvolvimento, abordando ao mesmo tempo os desafios humanitários”.
As áreas mais afetadas do país são o sul e o sudeste, onde as chuvas falharam pelo terceiro ano consecutivo. Somente no segundo semestre deste ano, mais de 8,5 milhões de pessoas precisam de assistência alimentar.
Para a ONU, a situação começou a estabilizar com a resposta liderada pelo governo mas são necessários mais esforços urgentes e apoios para que a situação não piore.
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