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Acesso humanitário permanece “essencial” na Síria, diz enviado da ONU

Acesso humanitário permanece “essencial” na Síria, diz enviado da ONU

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Por videoconferência, Staffan de Mistura anunciou nova rodada de conversas entre sírios para outubro em Genebra.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O enviado especial do secretário-geral da ONU para a Síria apresentou um informe ao Conselho de Segurança nesta quarta-feira pela primeira vez desde a sétima rodada de conversas entre sírios que terminou em Genebra, em 14 de julho.

Ao Conselho, Staffan de Mistura falou sobre o que acha que pode ser esperado num próximo período em relação à redução da violência, ao combate ao terrorismo e ao avanço do processo político.

Combate ao terrorismo

Para ele, embora sem dúvida, ainda haja violência na Síria, a tendência de redução e a operacionalização de áreas sem violência continuam.

Por videoconferência, o enviado especial disse, no entanto, que a situação em Idlib é “complexa” e precisa de atenção. Ao mesmo tempo, com a continuação das ações de combate ao terrorismo, de Mistura afirmou que a área sob controle do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, está cada vez menor.

Acesso humanitário

Staffan de Mistura ressaltou que acesso humanitário contínuo ainda é essencial, assim como o trabalho para a libertação de pessoas detidas arbitrariamente, citando milhares que desapareceram.

O enviado especial da ONU alertou que “todas as partes devem fazer seu máximo para proteger civis e infraestrutura civil”.

Processo político

Em relação ao processo político, ele ressaltou ser do profundo interesse da população síria, que está sofrendo há muito tempo, que “governo e oposição se deem conta de que chegou a hora de se envolverem em uma negociação mais séria e concreta”.

Neste sentido, de Mistura afirmou estar ainda ouvindo “toda a gama” de partes interessadas na Síria.

O enviado da ONU anunciou ainda sua intenção de retomar as conversas formais entre sírios em Genebra em outubro.

Para Staffan de Mistura, esse é o momento de passar de uma “lógica de guerra para a de negociação e para colocar os interesses do povo sírio em primeiro lugar”.

Ele disse ainda que se pudesse identificar uma coisa “acima de todas que pode fazer a diferença seria um senso de unidade de propósito internacional com prioridades claras e objetivos comuns”.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien, também falou ao Conselho sobre a situação humanitária no país.

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Um brinquedo de uma criança nos escombros de um prédio destruído na zona rural de Damasco, Síria. (arquivo) Foto: Unicef/Al Shami