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ONU condena ataques que mataram pelo menos 70 em Mianmar

ONU condena ataques que mataram pelo menos 70 em Mianmar

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Ações coordenadas alvejaram vários postos policiais e uma base militar no estado oriental de Rakhine; Nações Unidas dizem que continuam a acompanhar a situação.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A coordenadora residente das Nações Unidas em Mianmar revelou profunda preocupação com a situação de segurança no estado de Rakhine após a morte de pelo menos 70 pessoas em ataques às forças de segurança nesta sexta-feira.

Segundo agências de notícias, na série de incursões a postos policiais e na tentativa de invasão a uma base militar morreram pelo menos 59 membros da comunidade Rohingya, de maioria budista, e 12 integrantes das forças do país.

Diálogo

A chefe da ONU em Mianmar, Renata Lok-Dessallien, condenou “nos termos mais fortes” a ação coordenada. A nota da representante expressa condolências às famílias dos mortos e deseja rápida recuperação aos feridos.

O apelo a todas as partes é que se “abstenham da violência, protejam civis, restaurem a lei e a ordem e resolvam as suas questões através do diálogo e de meios pacíficos”. As Nações Unidas dizem que continuam a acompanhar a situação e o contato com as autoridades.

De acordo com os relatos das agências de notícias, o governo emitiu um comunicado destacando que os Rohingya que perderam a vida eram combatentes.

Compromisso

A enviada da ONU destacou que os graves eventos confirmam o significado do compromisso do governo de implementar as recomendações da Comissão Consultiva do Estado de Rakhine para melhorar a vida das comunidades.

Antes,  o escritório das Nações Unidas em Mianmar confirmou ter tomado conhecimento do lançamento relatório da Comissão que destaca questões relacionadas com a identidade e a cidadania.

A representação promete rever as recomendações do documento e apela  à liberdade de movimento de todos, bem como a necessidade de abordar as causas profundas da violência e redução das tensões intercomunitárias.

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Photo Credit
OCHA/Kirsten Mildren