OMS atua para evitar alastramento de cólera após deslizamentos na Serra Leoa
Ações incluem oferta de kits para lidar com a cólera; materiais oferecidos incluem equipamento para testes rápidos; mais de 500 pessoas perderam a vida no fenómeno que destruiu infraestrutura local.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Após os deslizamentos de terra na Serra Leoa, a Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou que colabora com o governo do país para evitar a propagação de doenças infecciosas como a malária e a cólera.
Esta segunda-feira, a agência confirmou a morte de cerca de 500 pessoas na sequência das inundações que foram seguidas pelo fenómeno na capital Freetown. Outras centenas de vítimas continuam desaparecidas.
Infraestrutura
A agência mobilizou recursos humanos, técnicos e financeiros para dar resposta à emergência depois do deslocamento de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura local.
Nas ações que são lideradas pelo governo, a OMS disse atuar com parceiros para garantir a oferta de cuidados de saúde aos feridos e deslocados além da prestação de assistência psicológica aos que lidam com o trauma.
De acordo com o chefe da OMS na Serra Leoa, Alexander Chimbaru, os deslizamentos de terra “causaram extremo sofrimento e perda de vidas e todos devem proteger a população de novos riscos de saúde”.
Testes
Para reforçar a prevenção e a resposta a surtos de doenças, a agência fornece kits para lidar com a cólera que incluem equipamento para testes rápidos que são distribuídos nas áreas de risco.
Agentes da saúde e da comunidade recebem capacitação para reconhecer os sinais de doenças, enquanto são enviados kits adicionais de cólera e para tratar emergências.
Chimbaru contou que a população também é mobilizada para tomar precauções como lavar as mãos, beber água fervida ou tratada e para que optem pelo saneamento adequado e boas práticas de higiene.
A OMS também apoia a prevenção e o controlo de infeções nas instalações de saúde e no posto mortuário localizado no Hospital Connaught em Freetown.
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