Secretário-geral destaca milhões de pessoas envolvidas em conflitos que não foram criados por elas; data foi declarada após ataque à sede da ONU em Bagdad, onde morreram 22 pessoas, incluindo brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Eleutério Guevane da ONU News em Nova Iorque.

Em mensagem sobre o Dia Mundial Humanitário assinalado este 19 de agosto, o secretário-geral António Guterres afirma que cada um pode fazer a diferença para acabar com a violência e defender valores comuns.

O chefe da ONU reforça o apelo à solidariedade de todos aos civis, através da participação na campanha #NotATaget, ou não são um alvo. A iniciativa  das Nações Unidas destaca que os civis, que incluem trabalhadores humanitários e de saúde, não devem ser atingidos em conflitos.

Proteção

Na mensagem, Guterres destaca que hoje milhões de pessoas no mundo estão envolvidas em conflitos que não foram criados por elas.

O secretário-geral lembra ainda que mulheres, meninas, homens e meninos encontram-se num fogo cruzado ou diretamente alvejados pela violência, que força milhões de pessoas a fugir de suas casas para um futuro incerto.

Ataques

O chefe da ONU disse que “além do sofrimento e da injustiça, muitas vezes, os corajosos trabalhadores de saúde e de ajuda humanitária que se propõem a ajudar, sofrem ataques deploráveis que dificultam sua capacidade de salvar vidas”.

Todos os anos, o Dia Mundial Humanitário reconhece o pessoal do setor e os que perderam a vida atuando em causas humanitárias. A data foi designada pela Assembleia Geral da ONU após o ataque à sede da ONU em Bagdá, no Iraque em 2003.

Na ação morreram 22 pessoas, incluindo brasileiro Sérgio Vieira de Mello que era o representante do secretário-geral da ONU no país.