Serra Leoa: PMA distribui comida para milhares atingidos por deslizamentos
Assistência é voltada a 7,5 mil pessoas; fortes chuvas levaram a cheias e deslizamentos de terra em várias áreas da capital Freetown a 14 de agosto.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, está distribuindo assistência alimentar a 7,5 mil pessoas atingidas pelas cheias e deslizamentos de terra em várias áreas da capital de Serra Leoa, Freetown, a 14 de agosto.
Segundo informações, centenas de pessoas morreram e muitas outras estão desaparecidas. A ajuda será fornecida a sobreviventes, famílias que estão os abrigando e equipas de resgate.
Devastação
A ONU deu ao PMA a tarefa de apoiar e coordenar uma resposta humanitária conjunta e eficaz para garantir que comida, abrigo e outros itens essenciais sejam entreguem às pessoas que precisam o mais rápido possível.
O representante da agência no país, Housainou Taal, afirmou que os deslizamentos de terra deixaram um “caminho de morte e devastação”.
Vítimas
De acordo com o prefeito de Freetown, equipas resgataram 270 corpos até o momento, principalmente no bairro de Regent. Como as operações de resgate continuam, a expectativa é de que o número de mortos suba.
O Escritório de Segurança Nacional de Serra Leoa calcula que mais de 3 mil pessoas tenham perdido suas casas.
Segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, eletricidade e linhas de comunicação também foram interrompidas em partes da capital. Também se espera muitos danos a estradas e infraestrutura.
Ébola
Segundo a agência, a experiência do surto de ébola em Serra Leoa preparou a comunidade humanitária para oferecer uma resposta rápida e conjunta à experiência atual.
Além da distribuição de assistência alimentar, o PMA está trabalhando em parceria com o governo e outros parceiros em ações de busca e resgate, a fornecer apoio logístico e mapeamento geoespacial de áreas afetadas.
O PMA tem trabalhado em Serra Leoa desde 1968. A assistência alimentar e nutricional da agência da ONU ajuda mais de 800 mil pessoas e apoia alguns dos residentes mais vulneráveis do país, incluindo sobreviventes e órfãos do ébola, pessoas a viver com HIV e tuberculose e pequenos produtores agrícolas.
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