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Relatores alertam para racismo nos EUA após violência em Charlottesville

Relatores alertam para racismo nos EUA após violência em Charlottesville

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Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas quando um carro foi jogado, deliberadamente, sobre um grupo de pessoas que protestavam contra uma manifestação de extrema direita, no estado da Virgínia.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

O racismo e a xenofobia estão crescendo em todos os Estados Unidos, de acordo com um grupo de especialistas em direitos humanos.

O alerta foi feito em comunicado conjunto, divulgado nesta quarta-feira.

Exemplo

No sábado, uma pessoa morreu e várias ficaram feridas após terem sido atropeladas, deliberadamente, por um carro no local onde protestavam contra uma manifestação de um grupo de extrema direita, na cidade de Charlottesville, no estado americano da Virgínia.

Os relatores disseram estar ultrajados com a violência e o racismo demonstrados por extremistas de direita, supremacistas brancos e grupos neonazistas.

Para a equipe, o incidente é um exemplo do aumento do racismo, da violência racista e da xenofobia em protestos em todo o país.

Discursos

Os especialistas independentes da ONU disseram estar “profundamente preocupados” com a proliferação da importância de grupos organizados de ódio e racismo.

Para eles, qualquer autor de discursos de ódio deve ser claramente condenado. E suas ações têm de ser investigadas e processadas.

O grupo pediu às autoridades dos Estados Unidos que façam mais para combater o problema.

Palavras de ordem

Para os relatores da ONU, o governo deve estar vigilante no combate aos atos de racismo, xenofobia onde quer que ocorram. Eles citaram incidentes em outros estados como Califónia, Oregon, Nova Orleans e Kentucky.

E finalizaram lembrando que os manifestantes em Charlottesville gritaram palavras de ordem contra negros, judeus e migrantes.

Os relatores que firmaram o comunicado são Sabelo Gumedze do grupo de trabalho sobre descendentes de africanos, Mutuma Ruteere, relator especial sobre formas contemporâneas de racismo e Anastia Crickley da Comissão sobre Eliminação da Discriminação Racial.*

*Os relatores são independentes, trabalham de forma voluntária e não recebem dinheiro por suas atividades.

Photo Credit
Conselho de Direitos Humanos da ONU. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré