Notificações ocorreram desde o início do surto em abril; agentes de saúde no país estão operando em condições difíceis com milhares de pacientes e poucos hospitais; é a maior crise de cólera do mundo.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

O Iêmen informou que atingiu a marca de 500 mil casos de cólera no domingo. Quase 2 mil pessoas já morreram no país desde o início do surto no fim de abril.

Apesar de uma queda de novas infecções nas áreas mais afetadas, o número de notificações continua subindo em todo o Iêmen com cerca de 5 mil novas contaminações por dia.

Saneamento

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informa que a epidemia de cólera no Iêmen é a maior do mundo. As precárias condições de higiene e de saneamento, além de interrupção no abastecimento de água são alguns dos maiores fatores para a crise.

Milhões de iemenitas não têm acesso à água limpa e a coleta de lixo foi suspensa em várias cidades.

O fracasso no Sistema de saúde do Iêmen agrava a situação. Mais de metade de todas as instalações de saúde estão fechadas devido aos danos causados pelo conflito no país e à falta de fundos. Os pacientes também sofrem com a escassez de remédios e suprimentos médicos.

Mais de 30 mil agentes de saúde estão há quase um ano sem receber salários.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus afirmou que os profissionais da saúde incluindo médicos e enfermeiros são a espinha dorsal da resposta da agência à crise e que sem eles nada por ser feito.