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Cientistas controlam surto de influenza aviária na RD Congo

Cientistas controlam surto de influenza aviária na RD Congo

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Especialistas usaram técnicas nucleares no combate à doença fornecidas pela Aiea; mesma cepa do vírus H5N8 foi detetada na África do Sul, na Zâmbia e no Zimbabué.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

Cientistas da República Democrática do Congo, RD Congo, conseguiram controlar um surto de influenza aviária, H5N8, usando tecnologia nuclear, fornecida pela Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea.

Graças à rápida deteção e caracterização do vírus e de uma rápida resposta de saúde, o surto está sob controlo na região do Lago Alberto, perto da fronteira com Uganda.

Propagação

O chefe do Laboratório Veterinário Central em Kinshasa, Curé Georges Mbuyi, afirmou que “impedir a propagação do vírus é muito importante porque ele não só afeta as aves mas também pode ser transmitido para os humanos”.

A mesma cepa do vírus da influenza aviária foi detetada na África do Sul, na Zâmbia e no Zimbabué. Os especialistas acreditam que o vírus pode propagar-se ainda mais pela região através dos pássaros selvagens, que podem viajar longas distâncias.

A equipe de Mbuyi aprendeu como detetar esse vírus e interpretar o resultado depois de um treinamento fornecido pela Aiea e também pela FAO, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Ébola

Essa tecnologia permite que os cientistas identifiquem vários tipos de vírus, inclusive o ébola, em poucas horas e com um alto grau de precisão.

A partir do momento em que o vírus é identificado, dá-se início a uma série de medidas sanitárias para o controlo da epidemia, incluindo o abate de todos os pássaros domesticados ou selvagens na região do lago.

Nesse momento, os especialistas estão a colher amostras de vários vilarejos espalhados pela região com o objetivo de assegurar que o vírus não propagou-se.

Photo Credit
A mesma cepa do vírus foi detetada na África do Sul, na Zâmbia e no Zimbabué. Foto: Aiea/L. Gil