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Relatores da ONU querem que Honduras proteja grupos pró-Lgbti

Relatores da ONU querem que Honduras proteja grupos pró-Lgbti

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Defensores de direitos humanos e que promovem os direitos das comunidades de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais sofrem com ataques no país latino-americano, segundo especialistas independentes da ONU.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Honduras deve combater a violência a defensores de direitos humanos e grupos pró-Lgbti. Esta é a mensagem de um comunicado, emitido por um grupo de relatores independentes das Nações Unidas.

No comunicado, os especialistas* dizem estar “profundamente preocupados” com ataques sofridos por ativistas e pessoas que promovem os direitos das comunidades lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais, conhecida com Lgbti.

Sociedade civil

Os relatores dizem ainda que as pessoas Lgbti são vítimas de atos de violência por causa de suas orientações.

Segundo o grupo, os atentados são contra organizações da sociedade civil e seus integrantes.  Há relatos ainda de ameaças e agressões, algumas fatais.

Um dos maiores defensores dos direitos humanos da comunidade em Honduras, Osmin David Valle Castillo, foi vítima de uma tentativa de assassinato.

Proteção policial

As informações são de que Valle Castillo foi atacado e apunhalado várias vezes quando voltava para sua casa em Tegucigalpa, capital hondurenha, em 10 de julho.

O ataque ocorreu três meses depois de o defensor ter pedido proteção policial por causa dos atos de intimidação.

Os relatores da ONU pediram às autoridades de Honduras que assegurem a eficácia da investigação e que os responsáveis sejam levados à justiça.

Para os especialistas, o governo e as autoridades hondurenhas devem dar uma resposta firme a esse tipo de crime.

O comunicado foi formado pelos cinco relatores incluindo o responsável sobre orientação sexual e identidade de gênero, Vitit Muntarbhorn, Agnes Callamard sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias.

*Os relatores de direitos humanos são especialistas independentes e não recebem pagamento pelo trabalho realizado com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Photo Credit
Foto: ONU