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RD Congo: “Deslocados devem ter recursos como direito humano”

RD Congo: “Deslocados devem ter recursos como direito humano”

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Vice-secretária-geral teve contacto com milhares de deslocados no último ponto da deslocação ao país; ONU quer mais mulheres na mediação dos conflitos que ocorrem em território congolês.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

No fim da visita à República Democrática do Congo, RD Congo, a vice-secretária-geral da ONU reiterou esta quinta-feira que várias agências tentarão buscar mais recursos para os deslocados do país.

Amina Mohammed falava a jornalistas na província do Kivu Norte, no leste, após visitar o acampamento de Mugunga. O local acolhe cerca de 4 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.

Direito Humano

A representante disse haver vozes de mulheres africanas que devem sair revelando o seu sofrimento, devendo merecer solidariedade do mundo e que os recursos cheguem “não como auxílio mas como direito humano básico”.

Os habitantes do acampamento de Mugunga fugiram de territórios próximos devido a combates entre o exército e vários grupos rebeldes.

Economia

Na quarta-feira, a representante reuniu-se com o presidente da RD Congo, Joseph Kabila, com quem disse ter abordado a necessidade de inclusão das mulheres na economia, particularmente no setor agrícola.

Em relação à participação feminina no registo eleitoral, Mohamed disse ter ficado impressionada com o “grande número de mulheres” inscritas para votar.

Mediação

O desafio atual é “ver como as mulheres podem participar mais na mediação” de conflitos que o país enfrenta e nos “investimentos que podem ser feitos na saúde e em serviços”.

A preocupação da ONU é com a violência baseada no género apesar de progressos consideráveis na questão. Mohammed disse ainda que é preciso fazer mais para o fim da violência de género no país.

A visita de Amina Mohammed à RD Congo também ficou marcada por um encontro com líderes femininas congolesas para promover o apoio a paz e ao desenvolvimento com o empoderamento feminino.

Photo Credit
Amina Mohammed. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré (arquivo)