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ONU ressalta contribuição de migrantes ao desenvolvimento

ONU ressalta contribuição de migrantes ao desenvolvimento

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Entre outros pontos, Louise Arbour citou US$ 429 bilhões em remessas a países em desenvolvimento em 2016 que, segundo ela, tiraram milhões de famílias da pobreza; políticas públicas baseadas em percepções negativas foram citadas como barreiras; pacto global sobre migração está sendo discutido na ONU.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O processo intergovernamental para adotar um pacto global sobre migração continua nesta segunda-feira em Nova Iorque com a quarta de seis sessões temáticas com foco na contribuição da migração para o desenvolvimento sustentável.

Na abertura do encontro, a representante especial do secretário-geral para Migração Internacional, Louise Arbour, destacou as contribuições fundamentais dos migrantes a seus países de origem.

Remessas

Arbour chamou atenção para os US$ 429 bilhões em remessas a países em desenvolvimento em 2016. Segundo ela, “uma das contribuições mais tangíveis de migrantes” para que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em seus países de origem.

A representante especial destacou ainda que as “remessas a países em desenvolvimento tiraram milhões de famílias da pobreza”, representam um valor três vezes maior do que assistência oficial ao desenvolvimento e são mais estáveis do que outras formas de fluxo de capital privado.

Ideias

Louise Arbour ressaltou, no entanto, que a contribuição de migrantes a seus países de origem vai além das remessas, citando transferência de ideias, habilidades e conhecimento.

Ela declarou ainda que, em linhas gerais, a migração “fornece benefícios substanciais ao desenvolvimento” dos países de destino, especialmente através de contribuição de trabalhadores migrantes de todos os níveis de habilidades tanto em nações desenvolvidas como em desenvolvimento.

Barreiras

A representante do secretário-geral destacou ainda “três barreiras fundamentais à maximização do impacto positivo da migração”.

Em primeiro lugar, ela citou “políticas inadequadas que podem evitar resultados positivos de desenvolvimento”. Em seguida, mencionou que trabalhadores migrantes, em particular os sem documentos, são frequentemente excluídos de cobertura básica de instrumentos de proteção social.

Em terceiro lugar, Louise Arbour ressaltou que embora os benefícios da migração sejam muito maiores que seus custos, a percepção do público é “frequentemente o oposto”.

Percepção

Ela chamou atenção dizendo que “tais percepções e atitudes públicas têm influência negativa” sobre a escolha de políticas migratórias. Arbour defendeu que isto “deve ser revertido para que políticas sejam baseadas em evidências e não movidas pela percepção”.

Para a representante, o pacto global para migração “segura, ordenada e regular é uma oportunidade fundamental para abordar estas questões prejudicando as contribuições de migrantes ao desenvolvimento”.

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Entre outros pontos, Louise Arbour citou US$ 429 bilhões em remessas a países em desenvolvimento em 2016 que, segundo ela, tiraram milhões de famílias da pobreza; políticas públicas baseadas em percepções negativas foram citadas como barreiras; pacto global sobre migração está sendo discutido na ONU.

 

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

 

O processo intergovernamental para adotar um pacto global sobre migração continua nesta segunda-feira em Nova Iorque com a quarta de seis sessões temáticas com foco na contribuição da migração para o desenvolvimento sustentável.

 

Na abertura do encontro, a representante especial do secretário-geral para Migração Internacional, Louise Arbour, destacou as contribuições fundamentais dos migrantes a seus países de origem.

 

Remessas

 

Louise cut 1

 

Arbour chamou atenção para os US$ 429 bilhões em remessas a países em desenvolvimento em 2016. Segundo ela, “uma das contribuições mais tangíveis de migrantes” para que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em seus países de origem.

 

Louise cut 2

 

A representante especial destacou ainda que as “remessas a países em desenvolvimento tiraram milhões de famílias da pobreza”, representam um valor três vezes maior do que assistência oficial ao desenvolvimento e são mais estáveis do que outras formas de fluxo de capital privado.

 

Ideias

 

Louise Arbour ressaltou, no entanto, que a contribuição de migrantes a seus países de origem vai além das remessas, citando transferência de ideias, habilidades e conhecimento.

 

Ela declarou ainda que, em linhas gerais, a migração “fornece benefícios substanciais ao desenvolvimento” dos países de destino, especialmente através de contribuição de trabalhadores migrantes de todos os níveis de habilidades tanto em nações desenvolvidas como em desenvolvimento.

 

Barreiras

 

A representante do secretário-geral destacou ainda “três barreiras fundamentais à maximização do impacto positivo da migração”.

 

Em primeiro lugar, ela citou “políticas inadequadas que podem evitar resultados positivos de desenvolvimento”. Em seguida, mencionou que trabalhadores migrantes, em particular os sem documentos, são frequentemente excluídos de cobertura básica de instrumentos de proteção social. 

 

Em terceiro lugar, Louise Arbour ressaltou que embora os benefícios da migração sejam muito maiores que seus custos, a percepção do público é “frequentemente o oposto”.

 

Percepção

 

Ela chamou atenção dizendo que “tais percepções e atitudes públicas têm influência negativa” sobre a escolha de políticas migratórias.  Arbour defendeu que isto “deve ser revertido para que políticas sejam baseadas em evidências e não movidas à percepção”.

 

Para a representante, o pacto global para migração “segura, ordenada e regular é uma oportunidade fundamental para abordar estas questões prejudicando as contribuições de migrantes ao desenvolvimento”.

 

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Photo Credit
Louise Arbour. Foto: ONU/Mark Garten