Perspectiva Global Reportagens Humanas

Vítimas de insegurança alimentar aumentam para 16 milhões na África Oriental

Vítimas de insegurança alimentar aumentam para 16 milhões na África Oriental

Baixar

Região sofreu terceira falha consecutiva da temporada chuvosa; FAO revela que cenário afetou resiliência das famílias; previsão é que condições piorem em toda a região.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, alertou que cerca de 16 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária na Somália, no Quénia, na Etiópia, na Tanzânia e no Uganda.

A agência destaca que o número de carenciados nos cinco países da África Oriental aumentou cerca de 30% desde o fim de 2016.

Pastagens

Com a falta de chuvas a fome piorou a situação, afetanado campos agrícolas e de pastagem e provocando a morte de milhares de animais.

Os níveis de precipitação caíram para menos de metade no centro e sul da Somália, no sudeste da Etiópia, nas regiões norte e leste do Quénia, no norte da Tanzânia e no nordeste e sudoeste do Uganda.

O Sistema Global de Informações e Alerta da FAO destaca que a falha da temporada chuvosa pela terceira vez consecutiva afetou a resiliência das famílias que agora precisam de apoio de subsistência “urgente e eficaz”.

Momento oportuno

O diretor de emergências da FAO, Dominique Burgeon, disse que a falta de chuvas deixa as famílias sem formas de lidar com a situação que precisa de apoio antes que piore rapidamente.

Na Somália, a assistência humanitária evitou a fome mas quase metade da população não sabe o que vai comer na refeição seguinte. A previsão é que as condições piorem em toda a região.

A FAO considera preocupante a situação de segurança alimentar para os pastores somalis, da Etiópia e do Quénia onde além da morte de muitos animais caiu a produção de leite dos animais sobreviventes.

*Apresentação: Denise Costa.

Photo Credit
Seca na Somália. Foto: OIM/Muse Mohammed