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FAO diz que países da Cplp têm que se preparar para efeitos climáticos

FAO diz que países da Cplp têm que se preparar para efeitos climáticos

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Em entrevista à ONU News durante sua participação no Fórum Político de Alto Nível sobre desenvolvimento sustentável, Maria Helena Semedo fala da importância de mecanismos de prevenção de desastres.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, coopera com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, em várias frentes. Um dos programas de desenvolvimento é o Fome Zero de combate à fome e à insegurança alimentar.

Esse é também o Objetivo 2 de Desenvolvimento Sustentável. Durante esta semana, em Nova Iorque, a ONU realiza o Fórum Político de Alto Nível sobre a Agenda 2030. Um espaço para que os governos apresentem os avanços até agora na implementação dos objetivos.

Zona Costeira

Maria Helena Semedo, vice-diretora da FAO, participa do evento em Nova Iorque. Nessa entrevista à ONU News, ela disse que as nações da Cplp devem preparar-se para o aumento do nível mar evitando que as populações vivam muito próximo da zona costeira.

“Temos Angola, Moçambique, no ano passado, tiveram secas muito grandes. Tiveram o fenómeno El Niño que vem também das mudanças climáticas. Tivemos várias pessoas, um número enorme que passaram insegurança alimentar. Há necessidade de proteger essas pessoas, mas há necessidade também de ajudar os países a terem sistemas de produção agrícola que sejam amigos do clima e que possam prevenir, no caso de ter uma seca, ou em caso de haver inundações.”

De acordo com a FAO, além da fome causada por crises e efeitos da mudança climática, existe a preocupação com a relação da fome com conflitos e guerras.  Maria Helena Semedo lembrou que o número de pessoas que passam fome no mundo aumentou. Os números exatos, a agência da ONU pretende indicar em setembro.

O Fórum ocorre na sede da ONU até esta quarta-feira, 19 de julho.

Participam delegações de todo o mundo. Na segunda-feira, o Brasil apresentou seu relatório. Na terça, foi a vez de Portugal.

Photo Credit
Maria Helena Semedo. Foto: FAO/Matteo Sala