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Enviada quer proteção a sobreviventes de violência sexual em Mossul

Enviada quer proteção a sobreviventes de violência sexual em Mossul

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Pramila Patten, representante especial do secretário-geral sobre violência sexual em conflito, comentou situação de meninas e mulheres em cativeiros mantidos pelo grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Com a liberação da cidade de Mossul, no Iraque, pelo exército do país, uma das maiores preocupações passa a ser com a proteção de sobreviventes do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

Em comunicado, a representante especial do secretário-geral sobre Violência Sexual em Conflito afirmou que todos os interessados devem assegurar o retorno das mulheres e meninas mantidas em cativeiro pelo grupo islâmico.

Estupros

Pramila Patten afirma que as mulheres têm que voltar a casa em segurança e dignidade. Além disso, ela quer que as vítimas do Isil sejam curadas e reintegradas em particular aquelas que deram à luz após estupros por terroristas.

Patten disse que os autores dos crimes têm de ser levados à justiça e prometeu o apoio da ONU a este processo.

A vitória dos militares iraquianos sobre o Isil ocorreu após vários meses de combates iniciados numa ofensiva em outubro passado.

Nove meses

Milhares de famílias estão deslocadas e carentes de alimentos para sobreviver.

Num comunicado separado, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, informou ter atendido a 1,8 milhão de pessoas desde o início da ofensiva militar.

Os nove meses de violência causaram o deslocamento de 1 milhão de iraquianos da cidade de Mossul e de áreas adjacentes. A representante do PMA no Iraque, Sally Haydock, disse que a agência fez o melhor para apoiar aos que chegavam a acampamentos de deslocados.

A preocupação da agência agora é com as pessoas que tiveram que fugir de cidades como Hawija, Tel Afar e do oeste de Anbar, onde os combates continuam.

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 A representante especial do secretário-geral sobre Violência Sexual em Conflito, Pramila Patten. Foto: ONU/Rick Bajornas (arquivo)