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Brasil deve superar Estados Unidos como maior produtor de soja para 2026

Brasil deve superar Estados Unidos como maior produtor de soja para 2026

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Projeção foi publicada nesta segunda-feira no informe Perspectivas Agrícolas da FAO e da Ocde; segundo documento, o aumento da produção mundial de milho será impulsionado principalmente pela América Latina.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O Brasil superará os Estados Unidos como o maior produtor mundial de soja na próxima década, segundo o informe Perspectivas Agrícolas 2017-2026 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, Ocde.

O documento, publicado nesta segunda-feira, oferece projeções de 10 anos, até 2026, para os principais produtos agrícolas.

Soja

A expectativa é que de a produção global de soja continue crescendo no período analisado pelo informe, mas num ritmo de 1,9% ao ano, abaixo da taxa anual de crescimento de 4,9% na última década.

Segundo o informe, espera-se que a produção de soja no Brasil suba 2,6% ao ano, o maior crescimento entre os maiores produtores. A produção anual na Argentina deve subir 2,1% e nos Estados Unidos 1%.

Em consequência, a projeção é que o Brasil supere os Estados Unidos como maior produtor de soja. Em 2026, os dois países juntos representarão quase 80% das exportações mundiais.

América Latina

Ainda segundo o estudo, o aumento da produção mundial de milho será impulsionado pela América Latina.

No período analisado pelo informe, a produção global de cereais crescerá cerca de 1% ao ano. Isto significa um aumento total em 2026 de 11% para o trigo, 14% para o milho, 13% para o arroz e 10% para os chamados cereais secundários.

A América Latina será responsável por 28% do aumento total da produção de milho, 39 milhões de toneladas. Deste montante, cerca de 25% se deve ao aumento das superfícies cultivadas.

A região da Ásia e Pacífico representará 24% de aumento, ou 33 milhões de toneladas. Segundo o informe, o crescimento na região, ao contrário da América Latina, será quase exclusivamente devido ao aumento de rendimentos.

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Foto: FAO/Pius Ekpei