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Novo roteiro quer proteger crianças em movimento dos contrabandistas

Novo roteiro quer proteger crianças em movimento dos contrabandistas

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Situação de menores refugiados e migrantes desacompanhados piorou desde 2015; meta inclui defender grupo de traficantes e da pressão familiar; processo de consulta envolveu mais de 100 profissionais e países.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Agências das Nações Unidas anunciaram esta segunda-feira um novo roteiro com ações para melhorar a situação das crianças refugiadas e migrantes, que vivem sem os seus pais ou educadores na Europa.

O documento, lançado em Genebra, destaca que é preciso identificar as crianças e registrá-las com procedimentos acessíveis ao grupo, além de se criar uma relação de confiança com elas.

Consultas

Antes da produção do documento foram consultados 100 profissionais que incluem encarregados, psicólogos, assistentes sociais e advogados.

Autoridades de países europeus e crianças refugiadas e migrantes na região também participaram no processo que envolveu a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Comissão Internacional de Resgate, IRC.

A meta inclui garantir que a responsabilidade imediata dessas crianças seja dada a um encarregado bem treinado, que envolva mediadores culturais e mobilize membros das comunidades anfitriãs.

Traficantes

Estas medidas são consideradas vitais para dar ajudar a construir uma relação de confiança e proteger as crianças de contrabandistas, dos traficantes ou da pressão familiar.

As três entidades defendem que a situação das crianças refugiadas e migrantes não acompanhadas e separadas “piorou com o aumento das chegadas na Europa em 2015”.

Entre as razões que contribuíram para a situação está o aumento das detenções e dos cuidados institucionais, a limitação das oportunidades para voltar a unir as famílias e as preocupações com deportações.

O novo roteiro também recomenda que haja mais segurança,  preparativos e serviços adequados, além de soluções a longo prazo para acolher o grupo de crianças tendo em conta as suas necessidades específicas.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

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Foto: Unicef/Ashley Gilbertson VII