Peritos querem anulação de sentença de homem no corredor da morte nos EUA
Em apelo urgente, especialistas defendem adiamento da execução de William Morva por deficiência psicossocial; cidadão húngaro foi sentenciado pelo assassinato de um guarda de segurança de um hospital e um vice-xerife.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Especialistas das Nações Unidas pediram às autoridades do estado norte-americano da Virgínia que não executem um homem que está no corredor da morte tendo em conta a sua deficiência psicossocial.
Os relatores especiais sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias Agnes Callamard e sobre saúde física e mental, Danius Puras, dizem que o transtorno delirante do húngaro William Morva não foi tornado público durante o seu julgamento.
Novo julgamento
Os peritos dos direitos humanos expressaram a sua preocupação com a piora da condição de Morva, de 35 anos. No apelo urgente, Agnes Callamard e Danius Puras pedem ao governador da Virgínia “que seja realizado um novo julgamento”.
A execução da sentença proferida em 2008 está marcada para esta quinta-feira. Ele foi condenado pelo assassinato de um guarda de segurança do hospital e de um vice-xerife.
A doença de William Morva foi diagnosticada em 2014 e um psiquiatra nomeado pelo tribunal observou que o problema seria a causa das suas ações.
A nota dos especialistas destaca que devido à doença o réu deixou de se comunicar com a sua defesa o que teria prejudicado de forma grave a sua capacidade de defesa no aproximar da execução.