Opaq confirma uso de arma química em Idlib, na Síria
Missão de investigação afirmou que a população de Khan Shaykhun foi exposta ao gás sarín em ataque realizado em abril; chefe da organização condenou a ação que representa uma violação da Convenção de Armas Químicas.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A missão de investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, confirmou que a população de Khan Shaykhun, cidade da província de Idlib, na Síria, foi exposta ao gás sarín durante um ataque em 4 de abril deste ano.
O objetivo do grupo é determinar se alguma substância química foi usada como arma na Síria e não identificar os responsáveis pela sua utilização.
Exames
Por motivos de segurança, a equipe não foi ao local do ataque mas foi capaz de participar dos exames de autópsia e coletar amostras biomédicas das pessoas que morreram.
Além disso, os investigadores da Opaq entrevistaram várias testemunhas que estavam na região.
O relatório da missão já foi entregue aos Estados-parte da Convenção de Armas Químicas. O Conselho Executivo da organização vai discutir as conclusões dos investigadores em reunião marcada para 5 de julho.
Conselho de Segurança
O documento também foi enviado ao Conselho de Segurança da ONU, através do secretário-geral, António Guterres e do Mecanismo de Investigação Conjunto ONU-Opaq.
O diretor-geral da organização, Ahmet Üzümcü, condenou mais uma vez o ataque que viola as normas da Convenção de Armas Químicas. Ele afirmou que os responsáveis por esse ataque devem ser prestar contas pelos seus crimes.
A missão de investigação foi criada em 2014 para confirmar ou não as alegações sobre uso de armas químicas na Síria. Até agora, os investigadores conseguiram confirmar o uso de cloro e gás mostarda como armas químicas no país.