OIT: “150 milhões de migrantes em idade ativa não têm trabalho decente”
Agência prevê que tendência atual de migração continue; centenas de delegados participam no Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento, em Berlim.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Mais de 700 representantes de 140 países, organizações, sociedade civil e setor privado participam esta quarta-feira do Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento, em Berlim.
A reunião da capital da Alemanha debate avanços para gerir a migração global e como aproveitar os benefícios da governação e do desenvolvimento. O lema da reunião é “Rumo a um Contrato Social Mundial sobre Migração e Desenvolvimento”.
Aumento
O diretor geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, vê oportunidade num diálogo para adotar compromissos de um novo pacto global sobre a migração. Guy Ryder disse que a tendência atual de movimento de migrantes deve continuar.
O representante defendeu que 150 milhões, ou 74% de todos os migrantes em idade ativa estão na força de trabalho, e o número está no contexto da evolução do desemprego global que deve atingir 200 milhões de pessoas ainda este ano.
Os participantes querem analisar como “melhor equilibrar o interesse dos migrantes nos países de origem, trânsito e destino”. A meta por alcançar é uma migração segura, digna e bem gerida.
Segurança e subsistência
O chefe da OIT sublinhou ainda que é importante agir para “fazer uma verdadeira diferença na vida dos que desembarcam na costa de vários países em busca de segurança ou de meios de subsistência”.
Ryder considerou que já são promovidos os benefícios desses movimentos para todos e que as escolhas políticas envolvidas são muito importantes.
Oportunidade
No evento, a enviada especial do secretário-geral para Migração Internacional Luoise Arbour disse que a proposta de um pacto global oferece uma oportunidade para facilitar vias regulares e legais para a migração.

Para o representante é preciso aproveitar o potencial dos refugiados e migrantes em áreas que incluem comunidades, empresariado e sociedade civil.
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