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No Uganda, Guterres abre cimeira de solidariedade com refugiados

No Uganda, Guterres abre cimeira de solidariedade com refugiados

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Secretário-geral elogiou medidas de integração no país com o maior número de pessoas que buscam proteção em África; território ugandês alberga 1,3 milhão de refugiados de 13 países; pelo menos 73% são sul-sudaneses.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Mais de 500 representantes internacionais reúnem-se desde esta quinta-feira na capital ugandesa Campala, no Seminário Internacional de Uganda de Solidariedade com os Refugiados.

O evento de dois dias é organizado pelo governo do país africano em parceria com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que participa na reunião.

Situação de refugiados

Entre os participantes no encontro estão chefes de governo, representantes de instituições financeiras e organizações internacionais e regionais além de ONGs, do setor privado, da sociedade civil e do setor académico.

O encontro vai avaliar a situação dos refugiados do Sudão do Sul e nos Estados e nas comunidades que os recebem. Mais de 13 nações procuram abrigo em território sul-sudanês.

Momentos antes de partir para a capital ugandesa, António Guterres falou a jornalistas em Nova Iorque e saudou o país por acolher mais de 1,3 milhão de refugiados. Desse número, 950 mil são cidadãos do Sudão do Sul.

O chefe da ONU reafirmou que o país fornece não apenas proteção, mas parcelas de terra e a capacidade de viver na sociedade fora de acampamentos.

O secretário-geral disse que essa é uma forma muito mais humana de tratamento que “requer uma solidariedade muito mais forte do próprio país”.

Solidariedade

Entre as nações vizinhas que sofrem o impacto do conflito sul-sudanês estão a Etiópia, o Quénia e o Sudão.

Nas vésperas da conferência, o alto comissário ONU para Refugiados, Filippo Grandi, informou que decorre a implementação de uma estrutura abrangente de resposta a refugiados. As declarações foram feitas em Addis Abeba, na Etiópia.

O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, disse que a ideia é reforçar as respostas dadas ao grupo e procurar apoios para o desenvolvimento de um Pacto Global para os Refugiados a ser adotado em 2018.

*Apresentação: Denise Costa.

Photo Credit
Refugiados do Sudão do Sul a caminho de Uganda. Foto: Acnur/Will Swanson.