Conferência para negociar proibição de armas nucleares inicia 2a. semana
Países negociam, em Nova Iorque, um acordo legalmente vinculativo para proibir o uso de armas nucleares; proposta é fazer deste o primeiro passo para total eliminação.
Monica Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Nesta segunda-feira, os países que integram a Assembleia Geral da ONU deverão abrir a segunda semana de debates sobre a criação de um instrumento legal para proibição de armas nucleares.
A proposta está sendo negociada em Nova Iorque desde 12 de junho com a presença de delegações dos quatro continentes.
Armas químicas e biológicas
O encontro, que deve terminar em 7 de julho, quer criar um acordo juridicamente obrigatório sobre a proibição de armas nucleares, como já ocorre com armas químicas e biológicas.
A ONU News conversou com o convidado de um dos eventos pararelos à conferência, o ex-alto-representante para o Desarmamento, e ex-embaixador brasileiro, Sérgio Duarte. Para ele, um acordo em Nova Iorque poderá ser o primeiro momento para levar ao fim do impasse que existe sobre o tema há várias décadas.
Opinião pública
“Naturalmente, a convenção deixa uma porta aberta. Países que queiram entrar para a convenção depois que ela for aprovada, poderão fazê-lo. Inclusive aqueles que não possuem armas, mas que têm acordo com os possuídores para que se defendam. E países sobretudo na Europa ocidental, onde há uma grande pressão da opinião pública sobre os governantes para que retirem as armas nucleares depositadas no território.”
A conferência em Nova Iorque ocorre com o apoio de especialistas no tema de desarmamento e armas nucleares assim como organizações não-governamentais e da sociedade civil.