Enviado da ONU saúda iniciativa de força de reação rápida regional no Mali
Representante destacou que iniciativa do Sahel merece apoio unânime do Conselho de Segurança; relatório menciona que segurança piorou no país, dois anos após o acordo de paz entre governo e rebeldes.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma, quer reforçar a sua presença no terreno em parceria com a União Europeia e com a possível força de reação rápida regional a ser criada por nações do Sahel.
A declaração foi feita esta sexta-feira, em Nova Iorque, pelo representante especial do secretário-geral para o país Mahamat Saleh Annadif.
Paz e reunificação
Falando ao Conselho de Segurança, o também chefe da operação de paz no país africano deu um informe aos Estados-membros do órgãos sobre o mais recentes desenvolvimentos no terreno.
Saleh Annadif destacou a realização da conferência sobre o acordo nacional e que está a ser escrita a Carta pela paz e reunificação. O enviado destacou ainda as autoridades interinas nomeadas para as cinco áreas do entendimento.
Para o responsável, a reforma do setor de segurança é um “elo essencial” para a renovação do exército do Mali junto ao processo de desarmamento, desmobilização e reintegração já em curso embora a ritmo lento.
O enviado destacou que a situação de segurança continua a deteriorar-se no Mali, sendo um dos principais obstáculos à implementação do acordo de paz que há dois anos foi assinado pelo governo e pelos grupos rebeldes.
Força regional
O representante mencionou a força conjunta do chamado G-5, grupo que integra Chade, Níger, Burquina Fasso, Mali e Mauritânia. Para o enviado, a iniciativa é “fruto da vontade comum dos líderes de reunir meios para apoiar desafios transfronteiriços.”
O chefe da Minusma disse que adotar a resolução para o envio imediato da força conjunta “demonstraria um apoio unânime aos esforços dos Estados regionais que enfrentam a situação que ameaça a paz e a segurança internacionais.
Acordo
O representante considera que a paz no Mali e a segurança no Sahel devem ser vistas como um pacote global baseadas em quatro pilares. O primeiro é a determinação do Mali para implementar o acordo de paz e reconciliação dentro do quadro político acordado.
Os outros suportes são atividades para estabilizar a Minusma, o apoio às forças francesas e as operações da força do G5 com dimensão regional.
Desde 2013, a Minusma apoia a estabilização do país da África Ocidental na sequência de um golpe militar e da atuação de grupos radicais islâmicos no norte.
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