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Migrantes devem enviar cerca de US$ 6,5 biliões para casa em 15 anos

Migrantes devem enviar cerca de US$ 6,5 biliões para casa em 15 anos

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ONU acolhe Fórum Global sobre Remessas, Investimentos e Desenvolvimento 2017 para estimular parcerias; evento quer maior envolvimento entre setores público, privado e sociedade civil.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque. 

As Nações Unidas preveem que US$ 6,5 biliões em receitas sejam enviados por migrantes de países de rendas baixa e média entre 2015 e 2030.

Para abordar a importância do tema, a organização acolhe a partir desta quinta-feira o Fórum Global sobre Remessas, Investimentos e Desenvolvimento 2017.

Metas Globais

A ONU News conversou, em Nova Iorque, com o chefe da Migração e Desenvolvimento no Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Fida, que organiza o evento.

Pedro de Vasconcelos disse que é importante acompanhar o impacto da ação dos migrantes para acelerar o cumprimento das metas globais até 2030.

“Queremos motivar muitos países-membros a olhar nas receitas e contribuições dos migrantes para incluir isso nas ações que se devem tomar nesse sentido. Estamos a falar de uma pessoa em cada sete no mudo, que está envolvida no processo de mandar ou receber receitas. Uma de cada sete. Isso é uma realidade que se tem que tomar em conta como parte nesse esforço de desenvolvimento que os países do mundo estão a encetar e a população migrante do mundo inteiro tem de fazer a sua parte.”

Sociedade civil

A quinta edição do Fórum pretende aumentar a consciência, promover o diálogo, estimular parcerias e criar sinergias entre os setores público, privado e a sociedade civil.

O Fórum inclui discussão de melhores práticas e lições aprendidas, oportunidades para o diálogo global sobre remessas e soluções para maximizar o seu impacto e tendências de investimento dos migrantes nos países de origem.

Em todo o mundo, o total de receitas enviadas e recebidas subiu de US$ 296 mil milhões em 2007 para US$ 445 mil milhões em 2016.

Photo Credit
Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez