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Portugal cita ações para “incluir verdadeiramente” pessoas com deficiência

Portugal cita ações para “incluir verdadeiramente” pessoas com deficiência

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Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência de Portugal, Ana Sofia Antunes, falou com ONU News às margens da sessão da Convenção sobre o tema na sede das Nações Unidas.

Eleutério Guevane e Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.*

Começou nesta terça-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 10ª sessão da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Logo após seu discurso, em português, na Assembleia Geral da ONU, a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência de Portugal, Ana Sofia Antunes, falou com a ONU News. Para a secretária, a vinda ao encontro é também uma forma de “prestar contas” sobre o que está sendo feito na área.

Desafios

“Gosto também cada ano de me impor novos desafios e no fundo são os próprios desafios que o governo está a assumir e, portanto, igualmente aqui hoje falei de dois grandes e novos desafios que estamos a abraçar, não apenas a criação do serviço de assistência e interpretação em língua gestual portuguesa para pessoas surdas ou com deficiências auditivas ao nível da linha nacional de emergência, serviço esse que, através de videochamada, vai permitir que pessoas surdas ou com deficiência auditiva possam contactar a linha de emergência e serem de facto atendidos e socorridos em suas necessidades.”

Ela defendeu ainda que a ação permita “rentabilizar esse investimento para outro tipo de apoio que as pessoas com esse tipo de deficiência precisam”.

Escola inclusiva

Outro tópico mencionado foi o conceito de escola inclusiva, área que, segundo a secretária, “Portugal tem provas dadas”.

“Temos presentemente cerca de 98% das nossas crianças com deficiência integradas nas escolas regulares, acabamos praticamente com o conceito de escola segregada ou escola especial para crianças com deficiência. Isto é bom, os números por si são bons, mas temos que fazer melhor. Temos que conseguir ir mais além, cobrir esses 2% que ainda faltam, mas, acima de tudo, dar mais qualidade à intervenção que estamos a fazer com esses 98%.”

Para a secretária portuguesa, “incluir verdadeiramente” é uma tarefa que deve ser feita com “muito empenho”.

Outros pontos destacados por Ana Sofia Antunes na entrevista com a ONU News foram acessibilidade, acesso à informação e iniciativas para pessoas com deficiência que envolvem o governo e a sociedade civil.

*Apresentação: Edgard Júnior.

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Photo Credit
Foto: Banco Mundial/Flore de Préneuf