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Relatora da ONU cita “esperança” na proteção a pessoas com albinismo

Relatora da ONU cita “esperança” na proteção a pessoas com albinismo

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Ikponwosa Ero citou Plano de Ação Regional desenvolvido com parceiros ao redor do continente africano; Dia Internacional para a Conscientização sobre o Albinismo é celebrado nesta terça-feira.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

Para a especialista independente das Nações Unidas para os direitos humanos das pessoas com albinismo, Ikponwosa Ero, há motivo para ter “alguma esperança de que há vontade política de agir contra os ataques” que muitas dessas pessoas enfrentam na África Subsaariana.

De Londres, ela falou com a ONU News na véspera do Dia Internacional para a Conscientização sobre o Albinismo, celebrado em 13 de junho. A data foi criada por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2014.

Plano de Ação

Segundo a especialista, esta esperança é encontrada em um Plano de Ação Regional que ela desenvolveu com diversos parceiros ao redor do continente africano, incluindo ativistas, sociedade civil e organizações internacionais de desenvolvimento.

Ero afirmou que o plano foi desenvolvido durante o ano passado, em conjunto com a Departamento Político e a Comissão de Direitos Humanos da União Africana.

Para a relatora, o projeto é uma “verdadeira colaboração no espírito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

Mitos

Pessoas com albinismo enfrentam diversas formas de discriminação em todo o mundo. Em algumas comunidades, crenças errôneas e mitos põem a segurança e as vidas desses indivíduos em constante risco.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações adotou uma resolução em 2013 pedindo a prevenção de ataques e discriminação a pessoas com albinismo. Em 2015, o órgão criou o mandato de especialista independente para a questão.

O último relatório de Ikponwosa Ero ao Conselho de Direitos Humanos, neste ano, cita a bruxaria como uma importante causa dos ataques a pessoas com albinismo.

Acompanhe a discussão sobre a questão nas redes sociais com a hashtag #NotGhosts.

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Photo Credit
Ikponwosa Ero. Foto: Ohchr/Christine Wambaa (arquivo)