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ONU diz que violência ameaça mais de 400 mil pessoas em Raqqa, na Síria

ONU diz que violência ameaça mais de 400 mil pessoas em Raqqa, na Síria

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Escritório de Assistência Humanitária disse que três pessoas morreram devido à explosão de uma mina terrestre; várias escolas foram destruídas em bombardeios durante o fim de semana; falta de fundos prejudica também famílias sírias refugiadas no Líbano e na Jordânia.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, afirmou que está profundamente preocupado com a segurança e a proteção de mais de 400 mil pessoas que vivem na região de Raqqa, na Síria.

Segundo a agência da ONU, homens, mulheres e crianças estão expostos a lutas e bombardeios diários.

Explosão

No último fim de semana, três deslocados internos, incluindo uma grávida, morreram devido à explosão de uma mina terrestre. Duas escolas foram destruídas em ataques aéreos.

Desde primeiro de maio, mais de 160 mil pessoas ficaram deslocadas na região, sendo 82 mil em Ar-Raqqa, 37 mil em Alepo, mais de 33 mil em Idleb e o restante em Hama, Deir-ez-Zor e Homs.

O Ocha também registrou o retorno de aproximadamente 4 mil pessoas para áreas mais calmas neste momento.

Acesso

A ONU pediu às partes em conflito acesso incondicional e sem impedimentos a mais de 4,5 milhões de pessoas que estão em áreas sitiadas ou de difícil alcance por todo o país.

Já a agência das Nações Unidas para Refugiados alertou que a falta de fundos está colocando em risco mais de 60 mil famílias sírias refugiadas que vivem no Líbano e na Jordânia.

Segundo o Acnur, 70% dos refugiados sírios no Líbano estão vivendo abaixo da linha de pobreza. Em Genebra, o porta-voz, Andrej Mahecic disse que para muitas famílias, “o dinheiro recebido como ajuda é o único meio para comprar comida e remédios”.

Ele afirmou que “sem esses fundos, algumas das famílias deixarão de receber o benefício já a partir de julho”.

O Acnur precisa de quase US$ 190 milhões para cobrir os programas de assistência no Líbano e na Jordânia, onde vivem mais de 1,6 milhão de refugiados sírios.

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Deslocados sírios buscam abrigo na cidade de Al-Issa. Foto: Unicef/Al-Issa