Estratégia conjunta de preservação é mensagem são-tomense para oceanos
Ministro das Finanças, Comércio e Economia Azul de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, falou com ONU News às margens da Conferéncia sobre Oceanos; representante ressaltou que zona marítima representa cerca de 160 vezes a dimensão do território do país lusófono.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
Em um debate promovido pela ONU News às margens da Conferência sobre os Oceanos, o ministro das Finanças, Comércio e Economia Azul de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, ressaltou a importância dos mares para o país lusófono.
“São Tomé e Príncipe é um país insular em que a sua zona marítima representa cerca de 160 vezes a dimensão do próprio território. Daí a importância que se atribui ao mar, especificamente do que diz respeito à utilização dos recursos nele existentes. Recursos esses que poderão de certa maneira contribuir para o desenvolvimento do país, através da segurança alimentar, garantindo a segurança alimentar e a criação de emprego.”
Desafios e mensagem
O ministro disse, no entanto, que o país “padece de alguma insuficiência de recursos” para monitorar sua zona marítima contra a pesca não regulamentada.
“Por isso, nessa Conferência, a mensagem que trazemos, e é um dos desafios, é que haja uma estratégia conjunta entre vários atores no sentido de preservar aquilo que são os recursos marinhos e marítimos. Não estamos aqui só a falar da pesca, estamos a falar também de outros recursos existentes, estamos a falar também do turismo que é uma área também ligada ao mar. É necessário que haja uma estratégia conjunta, complementada entre os Estados, para que haja melhor preservação, melhor conservação desses recursos marinhos.”
Na entrevista, o ministro Américo Ramos disse ainda que São Tomé e Príncipe carece de um levantamento mais exaustivo dos recursos disponíveis no mar do país.
O representante afirmou que a nação tem trabalhado com parceiros neste sentido, nomeadamente o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, entre outros.
O ministro lembrou que explorar melhor os recursos do mar pode “contribuir para a segurança alimentar e geração de empregos”.
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