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Missões da ONU fundamentais para paz em África, diz embaixador português

Missões da ONU fundamentais para paz em África, diz embaixador português

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Álvaro Mendonça e Moura falou com a ONU News sobre a participação do país em operações das Nações Unidas no Mali e na República Centro-Africana; para embaixador, “não é pensável” haver continente africano em paz sem missões da ONU.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

A paz em África não é possível atualmente sem as Missões de Paz das Nações Unidas, na opinião do embaixador de Portugal junto à ONU, Álvaro Mendonça e Moura.

Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o representante falou da participação portuguesa em duas destas operações no continente: no Mali e na República Centro-Africana.

Paz

“Não é pensável que nós tenhamos um continente africano em paz sem as missões de paz das Nações Unidas e, portanto, Portugal decidiu contribuir para esse efeito assumindo sua quota-parte de responsabilidade. Isso é o primeiro aspeto. O segundo aspeto é que quer no Mali, quer na República Centro-Africana, a participação de Portugal, juntamente com outros países, no caso do Mali, veio introduzir dados novos.”

No Mali, o embaixador afirmou que com a intervenção de Portugal e um conjunto de cinco países do norte da Europa, a missão passou a ter uma disponibilidade de meios aéreos de transporte que a operação não tinha até então.

Planeamento

“As Nações Unidas em vez de terem que arranjar ad hoc aviões para transporte militar no exterior, passaram a poder contar de uma forma previsível, com meios aéreos disponibilizados por Estados-membros. E isto, obviamente, faz uma grande diferença em termos do planeamento da missão militar.”

Álvaro Mendonça e Moura falou ainda da participação portuguesa na Missão da ONU na República Centro-Africana.

“Portugal disponibilizou uma força de reação rápida com 160 homens que, pela sua capacidade e pelos meios com que dispõe, tem efetivamente feito a diferença em termos da manutenção da ordem na República Centro-Africana, país onde a situação é muito grave. Mas tem sido essa força de reação rápida portuguesa que tem permitido manter as populações protegidas, de outra forma não teria sido possível. São dois países distintos, duas intervenções muito diferentes, mas, a meu ver, inteiramente indispensáveis para o sistema das Nações Unidas atual.”

O embaixador declarou ainda que Portugal vai manter-se firmemente empenhado nas missões da ONU em África.

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A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana. Foto: Minusca