ONU afirma que civis estão sendo mortos em ofensiva contra Isil
Chefe de Direitos Humanos afirmou que a população síria está pagando o preço dos ataques em áreas controladas pelos terroristas; Zeid Al Hussein pediu às forças aéreas em ação no país que tenham mais cuidado para distinguir entre alvos militares e civis.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O chefe do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein, afirmou que os civis na Síria estão pagando o preço pelos ataques aéreos contra o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Zeid pediu a todas as forças aéreas dos países em operação na Síria “que tenham mais cuidado para distinguir entre alvos militares legítimos e civis”.
Vítimas
Segundo ele, todas as partes envolvidas na guerra devem adotar medidas para poupar a população civil dos efeitos do conflito armado.
O alto comissário da ONU disse ainda que “os mesmos civis que estão sofrendo com os ataques e as execuções sumárias do Isil, estão também se tornando vítimas dos bombardeios aéreos, principalmente em Al-Raqqa e Deir-ez-Zor, no nordeste do país”.
O escritório da ONU informou que entre 14 e 15 de maio, mais de 80 civis foram mortos em ataques aéreos, a maioria mulheres e crianças. Já no dia 18, terroristas do Isil invadiram regiões controladas por tropas do governo e assassinaram 36 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Princípios
Zeid afirmou que de acordo com a lei humanitária internacional, as partes envolvidas em conflitos devem obedecer aos princípios de precaução em ataques para minimizar mortes de civis.
Ele explicou que o alto número de vítimas civis em Al-Raqqa e Deir-ez-Zor indica que não foram tomadas precauções suficientes.
Zeid disse ainda que está extremamente preocupado com relatos do Isil não permitir a saída da população civil de suas áreas controladas.