FAO quer aposta no comércio formal para melhorar perspetivas para africanas
Transações informais entre fronteiras, que deixam de lado impostos locais e outras regras, representam até 70% do emprego na África Subsaariana; mulheres compõem maioria de comerciantes informais no continente.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.*
Reduzir o comércio informal entre países africanos pode melhorar a economia no continente, em especial para mulheres. A afirmação é da Organização das nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
A agência recomenda simplificar os requisitos para obter uma licença para abrir um negócio, oferecer incentivos aos que pagam impostos e combater a corrupção.
Regras
Segundo a FAO, o comércio informal entre nações africanas, ou seja, onde não se pagam impostos nem se respeitam outras regras, representa de 20% a 70% do emprego na África Subsaariana.
A informalização é muito comum nas transações agrícolas, e resultado de pouco acesso a serviços do governo, fraco entendimento de leis de importação e alfandegárias.
Informalidade
Um dos principais grupos que podem se beneficiar da formalização do comércio são as mulheres. Elas representam, por exemplo, 70% dos comerciantes na informalidade no sul de África e mais da metade em outras partes do continente.
O economista sénior da FAO e autor do estudo, Suffyan Koroma, declarou que “facilitar o comércio formal é a única opção para o cumprimento da agenda de transformação de África”.
*Apresentação: Eleutério Guevane.
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