Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ex-ministro de saúde da Etiópia é o novo chefe da OMS

Ex-ministro de saúde da Etiópia é o novo chefe da OMS

Baixar

Tedros Adhanom Ghebreyesus foi escolhido em eleição realizada esta terça-feira na sede da Organização Mundial da Saúde, em Genebra; secretário-geral da ONU disse que sua liderança será crucial para promover bem-estar para todas as pessoas.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

Os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde, OMS, elegeram, esta terça-feira, o ex-ministro da Saúde da Etiópia, Tedros Adhanom Ghebreyesus, para comandar a agência da ONU pelos próximos cinco anos.

Depois do anúncio feito na sede da OMS, em Genebra, Adhanom Ghebreyesus foi muito aplaudido.

Mensagem

O secretário-geral da ONU, António Guterres enviou mensagem saudando a escolha em sua conta na rede social Twitter.

Guterres disse que a liderança do novo chefe da agência “será crucial para assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar de todas as pessoas de todas as idades”.

Até o ano passado, o novo diretor-geral da OMS serviu como ministro das Relações Exteriores da Etiópia, cargo que assumiu em 2012. Nos sete anos anteriores, ele cuidou do ministério da saúde.

Além disso, Adhanom Ghebreyesus fez parte da diretoria-executiva do Fundo Global na Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária, como também da Parceria Roll Back Malária, ou Fazer Recuar a Malária. Ele ainda foi copresidente da Parceria para Saúde Materna, Infantil e da Criança.

Reforma

Como ministro da Saúde, liderou uma ampla reforma do sistema de saúde do país, incluindo a expansão da infraestrutura do setor, criou 3,5 mil centros de saúde e 16 mil novos postos de trabalho.

No geral, ele elevou para 38 mil a força de trabalho no setor de saúde e iniciou mecanismos de financiamento para aumentar a cobertura dos planos de saúde.

O ex-ministro etíope disputou a eleição com David Nabarro, mais conhecido por ter liderado campanhas de saúde de várias agências da ONU para combater as gripes aviária e suína, ebola, malária, fome, entre outras crises.

A terceira candidata era Sania Nishtar, médica cardiologista do Paquistão e especialista em doenças crônicas.

Notícias relacionadas:

Chefe da OMS disse que "atrás de uma estatística há sempre uma pessoa"

OMS alerta para ataques contra trabalhadores de saúde no mundo

Photo Credit
Tedros Adhanom Ghebreyesus (centro), com a Veronika Skvortsova, (esq.), e a Margaret Chan. Foto: OMS/L. Cipriano