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ONU: rápida mudança nas regiões polares exige resposta global

ONU: rápida mudança nas regiões polares exige resposta global

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Agência Mundial de Meteorologia lançou campanha internacional para melhorar as previsões de tempo e de condições do gelo no Ártico e na Antártica; objetivo é minimizar riscos ambientais.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Mundial de Meteorologia, OMM, laçou esta segunda-feira a campanha Previsão do Ano Polar para melhorar as previsões das condições do tempo, clima e gelo no Ártico e na Antártica.

A iniciativa, que vai durar dois anos, indo de meados de 2017 a meados de 2019, envolve também o instituto alemão Alfred Wegener e outros parceiros mundiais.

Riscos ambientais

O objetivo é minimizar os riscos ambientais e aumentar as oportunidades associadas à rápida mudança do clima nas regiões polares. Além disso, a OMM quer acabar com as lacunas nas capacidades de previsões nos pólos.

Para a ONU, essa mudança climática exige uma resposta global. Durante os próximos dois anos, uma grande rede de cientistas e centros de previsões vão realizar uma ação de observação intensiva e catalogar as atividades no Ártico e na Antártica.

Como resultado dessa iniciativa, melhores previsões do tempo e das condições das geleiras vão reduzir riscos futuros e garantir a gestão segura das regiões polares.

Efeitos

O representante do instituto alemão, Thomas Jung, disse que “os efeitos do aquecimento global devido às emissões dos gases que causam o efeito estufa são sentidos com mais intensidade nas áreas polares do que em qualquer outro lugar”.

Ele explicou que os pólos estão aquecendo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo, causando o derretimento de geleiras, reduzindo as áreas congeladas do mar e as regiões cobertas de neve.

O chefe da Organização Mundial de Meteorologia, Petteri Taalas, afirmou que as massas de ar quente do Ártico e a redução das áreas de mar congeladas afetam a circulação nos oceanos e as correntes de ar.

Taalas disse ainda que elas estão provavelmente ligadas a fenômenos climáticos extremos como frentes frias, ondas de calor e secas no Hemisfério Norte.

Photo Credit
Foto: ONU/Mark Garten