Evento pretende angariar apoios para melhorar segurança e ajudar nas reformas da política e governação; secretário-geral segue depois para Pequim e Estrasburgo.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, participa esta quinta-feira na Conferência de Londres sobre a Somália na capital britânica.
O evento organizado pelo Reino Unido acontece pela segunda vez e junta chefes de Estado e de governo da África Oriental a parceiros que incluem líderes de organizações internacionais.
Política
Os objetivos da conferência incluem impulsionar a segurança na Somália e ajudar nas reforma nas áreas da política e da governação “envolvendo a comunidade internacional na construção de um Estado mais inclusivo, democrático e federal”.
O apoio às autoridades somalis na definição de um roteiro claro para eleições com peso igual em 2020 também está na mira dos participantes no evento.
A Conferência de Londres sobre a Somália também pretende apoiar a recuperação e o desenvolvimento económico, a resposta humanitária e a parceria entre o país e a comunidade internacional. A outra meta é definir os termos da colaboração para a transição pacífica no país do Corno de África.
Milícias al-Shabaab
A primeira conferência de Londres decorreu em 2012 e os progressos alcançados incluem a ação da Missão da União Africana na Somália, Amisom, com operações que “estabilizaram várias áreas e expulsaram as milícias al-Shabaab de cidades principais”.
Os organizadores revelam ainda que desde então caiu o número de extremistas que viajaram para combater na Somália. A outra vertente é o avanço das forças internacionais que combatem a pirataria, crime que a nível global causou perdas de US$ 7 mil milhões.
Depois de Londres, Guterres vai para Pequim para participar no Fórum da iniciativa “Belt and Road”. A proposta chinesa defende um “sistema de comércio mundial livre e a abertura da economia global”.
O chefe da ONU segue depois para Estrasburgo para discursar no Parlamento Europeu.
Notícias relacionadas:
Mais pessoas estão migrando devido à escassez de alimentos
Número de crianças malnutridas na Somália pode subir 50% este ano