Relatora da ONU alerta para situação de ativistas indígenas
Victoria Tauli-Corpuz citou “políticas e leis sendo usadas para criminalizá-los”; segundo relatório, mais de 180 defensores de direitos humanos e ambientalistas teriam sido mortos em 2015; 40% deles seriam indígenas.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
A 16ª sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas continua na sede da organização, em Nova Iorque. Nesta segunda-feira, o encontro realizou diálogos interativos sobre ativistas pelos direitos humanos dos povos indígenas.
Para a relatora especial da ONU sobre os direitos humanos desses povos, Victoria Tauli-Corpuz, a situação desses defensores não está muito boa atualmente.
Violência
Falando a jornalistas na sede da ONU, Tauli-Corpuz citou “políticas e leis sendo usadas para criminalizá-los e tornar suas organizações e movimentos ilegais”.
Ela mencionou um relatório que aponta que em 2015, mais de 180 defensores de direitos humanos e ambientalistas foram mortos. Segundo a relatora especial, 40% deles são indígenas de diferentes partes do mundo.
A especialista afirmou ainda que a principal preocupação dos povos indígenas é com a “defesa de seus direitos a suas terras, recursos e territórios” e com a “proteção de seu direito à autodeterminação”.
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