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ONU volta a pedir segurança para civis no Sudão do Sul

ONU volta a pedir segurança para civis no Sudão do Sul

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Coordenador humanitário para o país mencionou milhares de civis abrigados na região de Aburoc, no estado do Alto Nilo; segundo Ocha, deslocados internos precisam urgentemente de água limpa e outros itens vitais de assistência.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O coordenador humanitário para o Sudão do Sul, Serge Tissot, pediu ao governo que garanta que milhares de civis abrigados na região de Aburoc, no estado do Alto Nilo, não sejam alvos de ataques.

Tissot também solicitou a forças de oposição que assegurem que áreas densamente habitadas por civis sejam e permaneçam desmilitarizadas.

Assistência

Uma missão de diversas agências viajou a Aburoc no fim de semana e mencionou cerca de 30 mil civis do grupo Shilluk, incluindo recém-chegados e desalojados em ofensiva anterior na região.

Segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, os deslocados precisam urgentemente de água limpa e outros itens vitais de assistência.

Responsabilidade

Preocupada com a escalada da violência e o sofrimento de civis no Sudão do Sul, a ONU fez um apelo no fim de semana ao governo e outras partes que parem os combates e cumpram sua responsabilidade de proteger civis.

Em nota, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a nova vaga de combates representa um desrespeito flagrante aos compromissos feitos durante a cimeira da Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento, Igad, em 25 de março.

Os compromissos eram relacionados à implementação de um cessar-fogo e ao acesso humanitário.

O comunicado também pediu a todos os lados que cooperem com as Nações Unidas e parceiros para garantir acesso seguro a todos os civis em perigo iminente ao longo da margem oeste do rio Nilo.

Negociação

A nota enfatizou que “não pode haver solução militar para a crise no Sudão do Sul”, a expressar esperança que parceiros regionais e internacionais também encoragem os lados em conflito a retornarem urgentemente às negociações.

Segundo o comunidado, as Nações Unidas permanecem comprometidas em trabalhar com a União Africana e a Igad para assegurar uma solução pacífica para o conflito.

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Foto: Acnur/Rocco Nuri