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Somália: crise “move-se muito rápido”, mas resposta está a acompanhar

Somália: crise “move-se muito rápido”, mas resposta está a acompanhar

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Diretor de operação do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, John Ging, falou a jornalistas após missão de organizações humanitárias ao país e ao Sudão do Sul.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

Representantes de organizações internacionais das Nações Unidas fizeram uma missão de emergência à Somália e ao Sudão do Sul para avaliar a situação e mobilizar todo o apoio possível ao funcionários que estão no terreno trabalhando na resposta à crise.

No caso da Somália, segundo o diretor de operações do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, John Ging esta é uma “crise que está a se mover muito rápido”.

Fome

Falando a jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque, Ging lembrou que “tanto a Somália como o Sudão do Sul fazem parte de um grupo países que estão em perigo de fome” e, no caso do Sudão do Sul, a condição já foi declarada.

Ele alertou que há uma “situação catastrófica de insegurança alimentar em ambos os países”.

Cólera

Segundo o diretor do Ocha, 6,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Somália. Ging mencionou ainda um surto de cólera no momento no país, com 25 mil casos registados. Há também uma ameaça de surto de sarampo.

O representante declarou que 471 mil pessoas foram deslocadas desde novembro do ano passado devido à seca, em busca de assistência.

Perigo

Ele alertou ainda para o ambiente “extramente perigoso” no país do Corno de África a citar também dificuldades de acesso para os trabalhadores humanitários, especialmente em áreas controladas pelo grupo terrorista Al Shabab.

No entanto, Ging afirmou que, de forma geral, as necessidades na Somália estão subindo muito rápido, mas a resposta está no momento a manter o mesmo ritmo.

Ele disse que os doadores já financiaram quase 70% do apelo feito, o que, segundo o diretor do Ocha, seria “inédito”.

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Photo Credit
Mulheres em Baidoa, na Somália. Foto: ONU News/Laura Gelbert